Capnografia na PCR: como ela pode te ajudar?

O uso da capnografia durante os cuidados de paciente vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) tende a ser uma ferramenta cada vez mais utilizada. Seguindo as recomendações da American Heart Association, atualizadas em outubro/2015, temos 5 cenários onde o ETCO2 poderia guiar condutas e nos fornecer informações prognósticas:

1. Na checagem da colocação do tubo orotraqueal em via aérea após intubação.
2. Monitorização da qualidade das compressões torácicas. Para isso, espera-se que o paciente tenha ao menos 10 mmHg na ETCO2. Caso não se esteja atingindo esses valores, deve-se revisar a qualidade da técnica de compressão, quais sejam:
   1. Profundidade: 5-6 cm
   2. Frequência: : 100-120 por minuto
   3. Permitir retorno do tórax entre as compressões
   4. Local correto: sobre o externo, na linha intermamilar, 2 cm acima do apêndice xifóide
3. Detecção do retorno a circulação espontânea (RCE). Nessa situação, observa-se na curva de capnografia um aumento dos seus valores, habitualmente maiores que 30 mmHg.
   

   Fonte: Kodali BS, Urman RD. Capnography during cardiopulmonary resuscitation: Current evidence and future directions. Journal of Emergencies, Trauma, and Shock. 2014;7(4):332-340. doi:10.4103/0974-2700.142778.

4. Interrupção de RCP: a dificuldade em se conseguir capnografia de 10 mmHg por 20 minutos pode ser utilizada como um dos parâmetros para considerar a suspensão da reanimação.
5. Quando doente em RCE pode-se utilizar a capnografia com meta de ETCO2 de 35 – 40 mmHg

Leitura sugerida:

Kodali BS, Urman RD. Capnography during cardiopulmonary resuscitation: Current evidence and future directions. Journal of Emergencies, Trauma, and Shock. 2014;7(4):332-340. doi:10.4103/0974-2700.142778.

2015 American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Part 7: Adult Advanced Cardiovascular Life Support. Disponível aqui