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Desafio de ECG – Caso 2 – Comentário – Veja o ECG clicando aqui
Flutter dependente do Istmo cavo-tricúspide:
Anti-horário ou simplesmente ‘típico’: O circuito de Macro-reentrada se propaga ao redor da área do ânulo tricúspide, inferiormente ao longo da parede atrial, ascendendo pelo septo inter-atrial e descendo pelo ICT entre o ânulo da valva tricúspide e a válvula de Eustáquio.
Horário ou típico-reverso: Nesses casos, o circuito se propaga no sentido inverso do relatado no ‘típico’.
A distinção entre o Flutter típico horário e o anti-horário pode ser feita, na maioria das vezes, pelo ECG, onde:
– Horário: ondas F em DII, DIII e aVF: positivas e V1: negativas
– Anti-horários: ondas F em DII, DIII e aVF: negativas e V: positivas
Flutter não dependente do ICT ou Flutter atípico:
Reserva-se o termo atípico para aqueles flutter que não envolvem o ICT em seu circuito de macro-reentrada, mas sim outras vias atriais. Geralmente, ocorrem após cirurgias para correção de cardiopatias congênitas, outras cicatrizes cirúrgicas, fios de sutura, após ablação, etc. Não há um padrão eletrocardiográfico característico desse divisão.
No caso apresentado, baixa frequência ventricular, apesar do QRS estreito, regularidade do RR e pela ausência de relação entre o estímulo atrial e o QRS, podemos presumir que o no AV está bloqueado e a despolarização do QRS não depende do estimulo supraventricular. Portanto, temos um BAVT.
Leitura sugerida:
2015 ACC/AHA/HRS Guideline for the Management of Adult Patients With
Supraventricular Tachycardia: Executive Summary. Disponível aqui