Fonte: arquivo pessoal do autor
O paciente portador de marcapasso transvenoso provisório (MTVP) tem de ser mantido sob constante vigilância até que se tenha uma conduta definitiva a ser feita.
Para isso, o doente deve permanecer com monitorização eletrocardiográfica contínua e ter as configuração de comando do MTVP aferidas, pelo menos, 2 x ao dia.
Na monitorização, deveremos ver um traço vertical precedente o QRS do paciente. Esse ‘traço’ representa a espícula do marcapasso e pode ser ‘maior’, quando for unipolar, ou ‘menor’ quando for bipolar.
Esses marcapassos operam em modo VVI ( para mais noções de nomenclatura veja aqui ), ou seja, estimulam o ventrículo (V), sente o batimento do ventrículo (V) e, quando o sentem, inibem-se para o estímulo próprio ventricular assuma o comando.
No traçado acima, conseguimos ver algumas espículas do marcapasso que não estão sendo conduzidas, ou seja, seguidas de um QRS logo a seguir. Esse tipo de situação é chamado de falha de captura, que pode ser secundário a diversos fatores, tais como: deslocamento do cabo-eletrodo(CE), fratura do CE, perfuração do miocárdio ou mesmo distúrbios hidroeletrolíticos acometendo o paciente.