Nem todo ‘choque refratário’ se deve, de fato, a condição clínica do paciente. Não é raro nos deparamos com situações de mal funcionamento dos equipamentos de saúde sendo responsáveis por falseamento de condições clínicas.
No vídeo acima, temos um exemplo. Este paciente estava com necessidade de doses frequentes de noradrenalina para manter uma pressão arterial média adequada.
Quando avaliado beira-leito, prontamente identificado furo no equipo onde estava sendo feito a infusão do vasoconstrictor. Após correção do defeito, paciente estabilizou PAM com 0,2 mcg/kg/min de noradrenalina.
Sendo assim, ao deparar-se com doente com necessidade de aumentos progressivos de droga vasoativa lembre-se, além de avaliar a condição clínica do doente, de pesquisar:
– obstrução do equipo
– acotovelamento do equipe
– infusão fora do local adequado. Por exemplo, paciente que perde o acesso venoso e a infusão vai para subcutâneo
– falha no rolete da bomba de infusão
Vídeo: arquivo pessoal do autor.