- Ao avaliar o exame de troponina no PS você deve encaixar em qual situação a mesma foi solicitada: a) suspeita de síndrome coronariana aguda (SCA) é a primeira hipótese b) SCA não era a primeira hipótese ( condição médica que pode impactar o coração (p.e. IC descompensada) ou análise retrospectiva revelando que o pedido de troponina foi inadequado)
- A troponina aumenta em uma série de situações comuns ao paciente vista na emergência: infarto, uso de cocaína, embolia pulmonar, miocardite, queimadura, hipertireoidismo, sepse, estados de choque, vasculites, (..)
- Qualquer elevação de troponina é pior do que nenhuma elevação e quanto maior o valor pior. Sendo assim, para uma mesma situação clínica, o doente que aumentou a troponina tem pior prognóstico.
- Busque saber em seu serviço qual o Kit de troponina é utilizado e busque as informações de interpretação de valores junto ao fabricante.
- Se há elevação de troponina, há dano miocárdico, mas não obrigatoriamente secundário a oclusão coronária.
- O dano miocárdico pode ser agudo ou não. Por isso, pode-se observar valores aumentados de troponina mesmo em cenários ambulatoriais.
- Se há elevação de troponina, identifique se ela ocorre em um cenário de dano miocárdico agudo ou crônico.
- Quando o dano é agudo, via de regra, haverá um incremento dos valores da troponina quando ocorrer uma nova medida em 1 a 3 horas. Esse é o racional de se utilizar a porcentagem de variação da troponina em cenários de suspeita de síndrome coronária aguda
- Se o dano é agudo busque diferenciar se é secundário a obstrução coronária ou não
- Se o dano é crônico, tente buscar a causa.
Confira abaixo um algoritmo que pode lhe ajudar na interpretação dos valores de troponina no Pronto-Socorro.