Fonte: agradecemos ao Dr Rafael Rocha Silva por ter gentilmente cedido a imagem |
Paciente sexo masculino 32 anos dá entrada no PS com esse ECG. Estável hemodinamicamente.
Qual diagnóstico eletrocardiográfico mais provável ? Há algum tratamento característico para essa situação ?
* As respostas dos ECG sempre virão na semana seguinte acompanhadas do novo desafio
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Desafio de ECG – Caso 7 – Comentário – Veja o ECG clicando aqui
R- 1-Síndrome de Wellens tipo I / Solicitar cateterismo cardíaco / Sub-oclusão em DA proximal
Ao olhar esse ECG de um modo mais rápido ou sem a atenção devida, podemos perder nas derivações precordiais, mais especificamente em V2-V3, a onda T da repolarização ventricular com formato Plus-Minos.
Sendo assim, poderíamos pensar que trata-se de ECG inocente e sem ‘sinais de isquemia’.
Mas qual significado dessa alteração? Alguma implicação prognóstica?
Descrita pela primeira vez em 1982 por Zwann et al, a Síndome de Wellens é caracterizada por história de dor anginosa, SEM aumento dos marcadores de necrose miocárdica o e a onda T plus-minos ou inversão da mesma nas derivações precordiais no eletrocardiograma de 12 derivações. Lembrar que o ECG tem que ser realizado fora do período da dor.
Pode ser classificada em tipo I ou Wellens A, responsável por 25% dos casos e caracterizado pela onda T plus/minos em V2-V3. Os outros 75 % são Wellens tipo II ou B, manifesta por inversão da onda T simétrica e profunda em V2-V3. As alterações eletrocardiografias da síndrome possivelmente são secundarias a isquemia crônica causada pela sub-oclusão coronária.
A identificação da síndrome deve nos ascender a luz de uma doença coronária importante, com lesão crítica de artéria dessedente anterior (ADA) e necessidade cateterismo cardíaco de urgência com possível intervenção. Não peça de modo algum teste de estresse para essa paciente.
Até 75% das síndrome de Wellens não reconhecidas e não tratadas, podem evoluir para um catastrófico IAM de parede anterior em 1 semana.
Mensagem importante desse caso?
Sd Wellens—————————-CATE de urgência.
Obs: Não pedir provas isquêmicas para diagnóstico ou estratificação de doença coronariana nesse contexto
Respondendo aos comentários da semana passada, aqui vai o CATE do paciente:
TV fascicular…..o padrão de BRD+ BDASE em paciente jovem sem cardiopatia estrutural sugere o diagnóstico…essa arritmia é sensível a verapamil, posteriormente deve ser encaminhado para estudo eletrofisiológico….
Daniel o blog está show, mas coloca Jaime pra trabalhar…não vejo nenhum post dele…kkk