O uso da capnografia durante os cuidados de paciente vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) tende a ser uma ferramenta cada vez mais utilizada. Seguindo as recomendações da American Heart Association, atualizadas em outubro/2015, temos 5 cenários onde o ETCO2 poderia guiar condutas e nos fornecer informações prognósticas:
- Na checagem da colocação do tubo orotraqueal em via aérea após intubação.
- Monitorização da qualidade das compressões torácicas. Para isso, espera-se que o paciente tenha ao menos 10 mmHg na ETCO2. Caso não se esteja atingindo esses valores, deve-se revisar a qualidade da técnica de compressão, quais sejam:
- Profundidade: 5-6 cm
- Frequência: : 100-120 por minuto
- Permitir retorno do tórax entre as compressões
- Local correto: sobre o externo, na linha intermamilar, 2 cm acima do apêndice xifóide
- Detecção do retorno a circulação espontânea (RCE). Nessa situação, observa-se na curva de capnografia um aumento dos seus valores, habitualmente maiores que 30 mmHg.
- Interrupção de RCP: a dificuldade em se conseguir capnografia de 10 mmHg por 20 minutos pode ser utilizada como um dos parâmetros para considerar a suspensão da reanimação.
- Quando doente em RCE pode-se utilizar a capnografia com meta de ETCO2 de 35 – 40 mmHg